Vou comprar um chicote

E ai, tudo tranquilo?

Estava pensando. Uma boa meta de número de páginas por ano seriam 100. Com esse número de páginas produzidas, seria como se eu estivesse produzindo um álbum por ano. Já pensou? Eu seria o orgulho da mamãe!

Parece algo impossível pra mim hoje. Mas vou deixar de lado a autodepreciação e fazer uns cálculos: para chegar a 100 páginas, teria que produzir perto de 8 páginas por mês, ou 2 por semana. Acho que consigo fazer uma página em 7 horas, então 2 seriam 14 horas. Ou seja, são 2 horas de trabalho por dia durante todo o ano para atingir essa meta.

Cara, se eu não conseguir desenhar 2 horas por dia posso desistir da “carreira” de quadrinista e usar esses neurônios e mãos para terminar o Dark Souls.

Vou comprar um daquelas máquinas de ponto que se vê em fábricas e colocar do lado da prancheta. E também um chicote.

Será que agora vai?

Testes e treinos

Olá, tudo bem com vocês?

Nova HQ curta aqui no site. Estou testando estilos de desenho e métodos de produção. Quero ver o que funciona e o que não funciona comigo. Então, preparem-se para quadrinhos ainda piores que o de costume. Se eu tivesse um pouco mais de amor próprio, não postaria essas experiências. Mas, seguindo o conselho de um grande amigo, vou publicar assim mesmo, como um registro dessas experiências em busca do meu estilo.

Até a próxima!

Refletindo um pouco

Estou de molho uns dias por conta de uma doença de pele e, por conta da dor, não consegui desenhar nada. Estou parecendo um cronenberguizinho. Aos poucos os remédios estão dando conta do recado e logo posso voltar a minha vida normal.

Hoje estava vendo alguns filmes (maratona Cronenberg, não podia deixar a deixa passar) e, comecei a pensar sobre o ato de fazer quadrinhos. E o que isso representa pra mim.

Comecei a fazer HQs com doze anos. Era uma brincadeira divertida. Eu enchia cadernos com histórias sem muito sentido, mas que eram divertidas de produzir.

Como era algo que eu gostava de fazer, comecei a ir atrás de matérias de como fazer. E a tentativa de melhorar meus desenhos, meus roteiros, embora tenham surtido algum pouco efeito, tiraram um pouco a graça do ato de fazer em si. Foi nessa época que conheci mais gente que gostava de desenhar, e comecei a encarar esse gosto como uma vocação.

Mais tarde, na época da faculdade, por um tempo eu me concentrei em fazer algo mais simples, como forma de praticar. Comecei a fazer as tirinhas do Moisés e, como consequência, surgiu esse site como forma de divulgar esses quadrinhos que estava fazendo (claro, o layout mudou muito ao longo do tempo). Minha rotina da produção desses quadrinhos era bem livre de pressões externas. Eu tinha apenas a meta de publicar semanalmente, o resto era feito no improviso, de maneira livre e como um laboratório. E essa liberdade foi, vendo agora, o motor de toda aquela produção.

Esse período trouxe bons frutos. Lembro que na minha mente tudo era muito simples e fácil. Eu pensava: “cara, é só fazer, e fazer é simples”.

Ma ai aconteceu alguma coisa. Acho que foi na época do FIQ de 2007. De uma hora pra outra comecei a olhar para meu trabalho como algo muito inferior ao que de fato ele deveria ser. Comecei a mirar objetivos maiores, queria fazer uma graphic novel, com um desenho mais bem trabalhado.

E assim se passaram dez anos. Desenhei. Estudei sobre roteiro, sobre quadrinhos. Mas produzi pouco. Comecei e não terminei vários projetos. Embora tenha alguns lampejos de diversão a minha autocrítica é grande.

E é justamente essa autocrítica que tem atrapalhado tudo.

Quero mudar a chave. Ser menos crítico e mais produtivo. Divertir mais e pensar menos. Escrever menos posts e publicar mais quadrinhos.

E persistir. Sempre!

Refazer e trabalhar mais nos rascunhos

Um desenho pode nascer torto, feio e ruim. Deixá-lo assim é uma opção. A alternativa é refazê-lo até ele ficar melhor (ou você desistir e aceitar que seu máximo é aquilo mesmo).

Acho que a premissa é que a cada nova versão de um desenho você entende mais o seu tema. A cada novo olhar, você enxerga aquele mundo com mais profundidade.

Nesta HQ, adiei a arte-final ao máximo. Queria o rascunho totalmente definido. Isso implicou em refazer alguns desenhos. O que foi uma ótima experiência.

Desenho de observação: dica de site

Fiz durante alguns meses desenho de observação com modelo vivo. Foi uma experiência boa para soltar um pouco o traço.

Apesar de não ser a mesma experiência, tenho gostado de usar o SketchDaily como substituto dessas aulas. O site é simples, intuitivo e tem um acervo grande de fotos. Fica a dica.

Estou tentando manter a disciplina de fazer pelo menos uma sessão de 15 minutos por dia só com esse tipo de treino.

Conhece mais algum site parecido? Comente ai com suas experiências e dicas sobre o assunto. Até!