Aviso aos navegantes

Aos navegantes,
O capitão voltou! Meio desidratado, é verdade, mas com um saco cheio de peixes!

No ano passado corri atrás dos meus sonhos feito louco. Mas me ferrei bastante, tive muitas portas fechadas e alguns olhares vermelhos. Senti na pele o quanto é foda essa vida de ilustrador: você ganha mal, faz trabalhos dos quais não se orgulha e é tratado como moleque.

Passei, então, alguns meses sem desenhar, apenas estudando (e muito). Os frutos já começaram a aparecer, e outros estão por vir. Este semestre termino a faculdade, 7 anos da minha vida por um simples diploma (se for contar 2 de cursinho). Estou fechando um ciclo. E começando outro, com mais planos e sonhos.

Vou desenhar mais que nunca. Vou escrever mais que nunca. Mas agora sem preocupar muito com o retorno financeiro disso. (Quadrinho não dá grana, isso todos sabem. Cada um se vira como pode. Uns conseguem se dar bem como ilustradores, como é o caso dos Gemeos. Outros dão aula de história: Cadu Simões. Há aqueles que são sustentados pelos pais, ou pela esposa. No meu caso, eu trabalho como qualquer mortal: por isso preciso de um trabalho tranquilo, e com carga horária reduzida, para poder produzir).

Como disse o cumpadi Arlindo, em sua moda: “Tem que sê feito, o que tem que sê feito!”. E, em outra estrofe: “O caminho de cada um é único, mesmo que seja de mão dupla”. Sempre faça o que deva fazer, mas não esqueça seus sonhos.

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